Festival de Cinema Fantástico em Porto Alegre/RS termina com sucesso

(texto enviado por Isidoro B. Guggiana)

O II Festival de Cinema Fantástico de Porto Alegre, realização do Clube de Cinema de Porto Alegre e V2 Produções, e apoio da Cinemateca Paulo Amorim, Sala P. F. Gastal e Santander Cultural, foi a grande atração cinematográfica de 17 a 22 de outubro, nos cinemas da Capital. Produzida pelo cineasta porto-alegrense Davi de Oliveira Pinheiro, a atração gaúcha do cinema sobrenatural, primeira do gênero no país, exibiu mais de 40 filmes nacionais e internacionais, entre clássicos e contemporâneos. “Mais uma vez, tivemos uma recepção calorosa do público, profissionais da área e dos meios de comunicação gaúchos”, garante o Produtor Executivo, que promete para as próximas edições uma mostra competitiva internacional e mais diálogo entre o público e cineastas. Entre os destaques desta edição, estiveram as sessões de “Canibal Holocausto” e outras raridades internacionais, da telessérie “Masters of Horror”, dos filmes de José Mojica Marins, uma homenagem ao cineasta paulista, cursos e a premiação da Mostra Competitiva, que reuniu curtas de todo o país.

O troféu O Inominável de Ouro, criado pelo artista plástico Ricardo Ghiorzi, foi entregue nas categorias Júri Oficial, Júri Popular e para o criador do Zé do Caixão, no dia 21 de outubro, às 20h30min, na Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro. Formado pelos membros do Clube de Cinema Hiron Goidanich, o Goida, Eron Fagundes e Paulo Casa Nova, e pelos jornalistas convidados Adriana Androvandi, Débora Lapa e Marcelo Perrone, o Júri Oficial dividiu o prêmio entre os curtas-metragens paulistas "Historietas Assombradas (para crianças mal-criadas)", de Victor Hugo Borges e "Noturno”, de Daniel Salaroli, e o pernambucano "Vinil Verde", de Kleber Mendonça Filho. "Historietas Assombradas" também foi agraciado com o troféu pelo Júri Popular. Davi de Oliveira Pinheiro entregou o Inominável para Mariliz Marins, mais conhecida como Liz Vamp, que veio a Porto Alegre representar o pai. “A função do Festival é revelar os novos talentos como Mariliz e homenagear diretores já estabelecidos, como José Mojica Marins”, afirma Pinheiro.

Ele adoraria estar presente, mas está preparando o final da trilogia iniciada nos anos 1960”, conta a atriz e cineasta Mariliz Marins, em referência ao pai, que está envolvido com a produção do terceiro episódio da série, iniciada com “À Meia-Noite Levarei sua Alma” (1964) e continuada por “Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver” (1967), exibidos no festival. “O festival de Porto Alegre é pioneiro. Não temos a devida projeção do cinema brasileiro de gênero”, lembra Mariliz. “Temos muitos cineastas talentosos, mas sem a devida atenção. Está na hora de nós, brasileiros, valorizarmos nosso próprio produto”, conclui. Logo após, a diretora apresentou sua estréia atrás das câmeras, com o curta-metragem “Aparências” (2006).
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